O dia amanheceu em uma incógnita, parecendo que ia chover, com céu completamente fechado e até meio frio. O Larica sugeriu ontem fazermos Guará - Pinda pelas Pedrinhas, mas hoje ele desistiu e então eu propus um trecho que vi ontem no Google Earth: Ir para Aparecida pelos Motas, passando pelos morros.
Começamos o pedal indo em direção a Rua Tamandaré (caminho que eu já fiz em muitas outras trilhas) e a única referência que eu tinha era que devíamos entrar a direita aproximadamente 4,5 km depois de passar por baixo da Dutra. Essa rua vira uma estrada, chamada Estrada dos Motas, e na distância certa achamos a estradinha à direita, que primeiro é uma descidinha safada, mas depois vira um subida daquelas, cheia de valetas e bem íngreme, onde era difícil pedalar clipado (eu arrisquei em alguns trechos, porque acho que empurrar a bike cansa muito mais que pedalar na subidona).
O tempo começava a esquentar e a subida ainda resistia a ser vencida, mas quanto maior é a subida, melhor é a descida (esse foi o problema - relatado mais adiante ...) e melhor é o visual. Após vencê-la, chegamos no alto do morro que separa Guará de Aparecida no lado dos Motas e vimos que existem ainda outros morros muito mais altos, mas não no nosso caminho (esses certamente vão rendem outros pedais para explorarmos a região). A vista era muito legal e podíamos ver bem o lado de Guará (os morros voltados para o lado dos Motas - direção de Lagoinha) e o lado de Aparecida - Potim (podíamos ver as duas cidades). O mais interessante é que tinham várias casas por lá, porque apesar de estarmos bem alto, estávamos bem próximo ao bairro da Santa Rita em Aparecida.
Após um breve descanso, umas fotos e água, descemos o morro em direção à Aparecida, mas um erro meu (alías, dois ...) quase estragaram meio passeio: exagerei na velocidade da descida, com meus óculos muito embassados/molhados e não vi uma valeta. Conclusão, tomei um capote na descida (ou comprei um terreno, como queiram ...). Graças a Deus não meu machuquei e graças ao meu capacete não estourei minha cabeça, porque meu capacete quebrou (reparem na trinca do capacete na foto a seguir - tirada em casa quando cheguei). Alguém ainda acha que capacete não serve para nada ? Além disso só um raladinho bem leve no braço ...
Quem pedala está sujeito a uns tombos, fechadas de carro, etc. Então o negócio é estar preparado e com equipamento de segurança. Recuperado do susto continuamos a descer e logo chegamos na Rua Padre Gebardo em Aparecida, de onde decidimos ir para o lado da penitenciária do Potim. Passamos por baixo da Via Dutra, continuamos descendo e saimos quase em frente a Basílica, de onde seguimos rumo a ponte que liga o Potim a Aparecida. Continuamos reto seguindo as instruções de rota do meu GPS com destino ao Hotel 7 Lagos, que fica próximo as Pedrinhas, mas o mapa do GPS (o City Navigator Brasil V4) estava me mandando para uma rua que não existia, já na parte de terra do Potim. Decidimos voltar para o asfalto e seguimos as placas em direção à Penitenciária. Mudei o mapa do GPS para o Tracksource (TRC Brasil V 5.11) e já pude avistar nele o trecho de estrada de terra que liga Pindamonhangaba ao bairro das Pedrinhas. Logo chegamos na entrada da estrada onde a placa indicava o percurso a ser feito.
Iniciamos esse novo trecho de terra sentido Guaratinguetá e podíamos apreciar a vista da serra que estava à nossa frente. Logo chegamos num T, onde para a direita iríamos para o Hotel 7 Lagos, mais próximo de Guará, e para a esquerda alongaríamos o caminho até as Pedrinhas. Escolhemos a última opção e após um trecho de pedal nos deparamos com um dos únicos obstáculos que encontraríamos no caminho: um big poça d'água.
Um tempo depois encontramos a estrada Pinda - Pedrinhas, que nos primeiros trechos que padalamos nos presenteou com uma subidinha daquelas, que de tão íngreme era asfaltada (só a subida - depois que ela acabou, voltou a terra ...). Chegando na estrada Pedrinhas - Guará, decidimos ainda tomar uma cervejinha nas Pedrinhas, já que estávamos a uns 500 metros desse bairro. Depois da cervejinha, o retorno foi tão redondo como a forma que ela desceu.
Logo eu chegaria em casa, depois de 60 km de pedal e com um sol no estilo queima-couro. A seguir estão o mapa, a altimetria e as capturas do Google Earth, primeiro do trajeto total e depois com foco para a parte montanhosa de Guará-Aparecida, pelos Motas.
Os detalhes do trajeto estão no link: http://connect.garmin.com/activity/1634172
O arquivo em formato .gpx (MapSource) do GPS está no link: http://romulocsp.googlepages.com/TrilhaMotas-Pedrinhas.gpx
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