quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Pedal aventura pelo Engenho D'água e Motas

Pelo quinto dia seguido, sexto pedal deste fim de ano, já completando 280 kms, fizemos uma trilhinha onde a previsão era entrar pela Estrada do Engenho D'água, no início da estrada Guará-Cunha e seguir até a cachoeira onde já fomos algumas vezes e retornar pela estrada do Motas. Parte da trilha eu já tinha feito e a outra montamos com base nas imagens do Google Earth (parte com baixa resolução).
Eu e o Larica saímos bem cedo, seguimos pelo Spani, na beira da Dutra, pegamos a estrada Guará-Cunha e bem no início dela (uns 2 ou 3 km) pegamos a entrada à direita que é a Estrada do Engenho D'água. A estrada é bem esquisita, passa dentro de vários sítios e muitas vezes ficamos na dúvida de onde seguir devido a diversas bifurcações, entradinhas e etc. O tempo estava ameno, sem sol, com várias nuvens, mas ainda podíamos avistar a Serra de Quebra Cangalha, onde iríamos nos aproximar.
Logo chegamos num sitiozinho, de onde deveríamos fazer uma curva na estrada, mas por algum motivo do além, pegamos uma entradinha nada a ver e logo paramos para beber água, comer alguma coisa e tirar umas fotos, já que tinha um riachinho bem bacana no lugar.
Logo depois continuamos no pedal e seguimos pelo caminho errado até encontrar um outro sitiozinho onde quatro crianças montadas em suas BMXs, nos receberam. Perguntamos sobre a tal cachoeira, mas as crianças nos indicaram outras duas próximas e como pensamos ser uma das que estávamos procurando, fomos adiante e eles nos acompanharam em suas magrelas. Passamos uma estradinha cheia de bosta de vaca e logo tivemos que esperar o rebanho de vacas passar.
Alguns metros depois encontramos o primeiro obstáculo: uma poça de lama onde tínhamos que carregar as bikes e passar rente ao arame farpado. As crianças deixaram as bikes antes da poça e continuaram a pé.
Descemos a estradinha e tivemos que atravessar um riacho duas vezes com as bikes (ele fazia um U). Eu prefiro manter meus pés secos, mas depois que você enfia a sapatilha debaixo dágua, não quer tirar mais. Atravessamos, mas as crianças voltaram. Os simpáticos cachorros ficaram na dúvida ...
Começamos a subir o morro, já quase sem trilha, nos embrenhando pelo mato em alguns locais e quase sempre empurrando as bikes. O sol decidiu sair e a temperatura subia. Avistamos uma estradinha e seguimos pelos morros, passando uma erosão enorme e logo descemos até chegar novamente ao riacho, mas dessa vez, já sem ter a menor idéia de como chegar nas cachoeiras. Vendo o riacho, decidimos seguir sua margem sem atravessá-lo.
Podíamos avistar uma das cachoeiras e vimos que estávamos bem próximo dela, mas beirando o riacho ia ser difícil e então decidimos subir o morro, passando por umas erosões onde tínhamos que quase escalar com as bikes no ombro. Lá em cima vimos que deveríamos descer e atravessar o riacho, que fizemos em seguida. Após novo banho nos pés, começamos a subir o outro morro (de frente ao que descemos) e lá em cima tivemos a bela visão das duas cachoeiras, uma ao lado da outra.
Fizemos uma pausa, apreciamos o visual e discutimos a estratégia. Com isso decidimos descer e voltar o caminho que erramos. Descemos por outro lado e logo chegamos no riacho que atravessamos, só que agora mais para frente, onde ele se transformou em uma cachoeira fantástica. Nessa foto eu saí ...
Depois da pausa, deixei as bikes lá e segui a pé voltando as montanhas para ver se tinha passagem fácil. A pena é que deixei o GPS na bike, senão saberia que estaria próximo de onde teríamos que voltar. Como não vi no visual um caminho legal para atravessar (mas eu vi a estradinha que passamos), decidimos voltar pelo caminho que viemos. Atravessamos o riacho novamente e avistamos o rebanho de vacas debaixo de uma árvore, bem próximo de uma porteira que teríamos que passar. Fomos nos aproximando e percebemos que estava rolando uma "tensão" no rebanho. Também percebemos que uns dois bois estavam na frente e quando fomos chegando perto, pela direita, eles vieram em nossa direção. Apertamos o passo e eles pararam, mas confesso que naquela hora, não passava nem agulha ...
Voltamos todo o trecho desde o sítio onde encontramos as crianças e perguntamos para um cara que estava lá o caminho para os Motas. Não sei se entendemos errado, mas continuamos e logo chegamos num sitiozinho, voltamos e começamos a subir um morro, mas do nada, o Larica encanou que estávamos no caminho errado. Decidimos voltar, passamos novamente pelo sítiozinho das crianças e chegamos no ponto onde erramos o caminho. Continuamos na estrada e atravessamos uma pequena barragem (na foto) para depois chegarmos no bar do Goiano.
Passamos a entrada da estrada que nos levaria a cachoeira que planejávamos ir, mas devido a hora, adiamos esse tibum e continuamos o pedal. Como a região é cheia de riachos e cachoeiras, encontramos mais uma ao lado da estrada. Logo passaríamos na barragem dos Motas e chegaríamos ao Tamandaré e nas últimas pedaladas eu já estaria em casa, pronto para matar um Gatorade em poucos goles e lavar a magrela, já que ela estava cheia de barro e bosta de vaca.
O percurso total foi de quase 53 km e a seguir estão a altimetria, o mapa do trajeto e as capturas do Google Earth com todo o percurso e com o foco na região próxima das cachoeiras onde erramos o caminho.



A seguir, o link para os detalhes do pedal do Garmin Connect ... http://connect.garmin.com/activity/1656655

... e a trilha do GPS para baixar (salve o .xml como .gpx e utilize "Salvar como") http://romulocsp.googlepages.com/PedalEngenhoMotas.gpx

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