domingo, 16 de novembro de 2008

Virada Noturna de Bike

Qualquer atividade em que se vire a noite até o sol nascer torna-se algo especial, ainda mais quando envolve bike. Isso é o que promete esse evento, que faz parte da Virada Esportiva 2008 em São Paulo.
Quando fui para o Parque das Bicicletas, parque dedicado às bikes situado no cruzamento da Avenida Ibirapuera com a Avenida Indianópolis e de onde saem grande parte dos passeios ciclísticos da cidade, imaginei que a programação completa do evento seria cumprida apenas por poucos corajosos, pois a previsão era pedalar até as 8:00 da manhã, mas quando cheguei no evento e vi a quantidade de pessoas e a organização, achei que seria possível todo aquele povo completar o pedal. Na chegada tinha muita gente, mas tanta que era difícil chegar ao ponto de inscrição, onde ganhei squeeze, gatorade, uma revista Adventure Camp e uma barrinha de cereais. Um telão mostrava o caminho a ser seguido através de navegação do Google Earth.

Muitas bikes esquesitas estavam por lá, desde as chamativas, com infinitos pisca-piscas, até uma de uns 2 metros de altura, que já vi várias vezes andando pela cidade. Logo encontrei o pessoal que desceu comigo a Estrada da Manutenção e acabamos formando um grupinho que durou toda a noite.
Às 21:00 horas começamos a pedalar pelas ruas da cidade e só aí percebemos a dimensão do evento. As ruas tinham todas as faixas interditadas para a passagem dos ciclistras e um infinidade de policiais de moto fechavam os cruzamentos para passarmos. A cidade era nossa !!!

Ví várias ambulâncias do HCor que acompanhavam todo o evento. Havia uma pickup com água e gatorade e um ônibus oficina para resgatar os quebrados, além de bikers (provavelmente de lojas de bike envolvidas no evento) organizando os ciclistas e motos caçando ciclistas quebrados ou com problemas. A organização do evento foi um show a parte.
O comboio de bikes seguiu contornando o Parque do Ibirapuera, subindo a Rua Sena Madureira, depois descendo a Rua Santa Cruz, pegando a Ricardo Jafet até chegar ao Museu do Ipiranga, onde rolou a primeira grande parada. Lá na rampa do museu acontecia um evento de Carveboard, que logo deu espaço às bikes.

Após a longa parada, seguimos a Avenida do Estado, indo em direção ao centro da cidade e passamos por uns lugares digamos sinistros da cidade (que nunca passaríamos de bike a 1:00 hora da madruga). Fizemos uma rápida parada para fotos na Estação da Luz, que iluminada é um espetáculo. Logo chegaríamos no ponto da nossa segunda grande parada, o Sambódromo do Anhembi. Lá tivemos uma grande idéia que certamente fez a diferença para aguentarmos todo o passeio: paramos numa loja de conveniência de um posto de gasolina para comermos. Logo entramos no Sambódromo, ao lado, para vermos o estrutura montada nesse que foi um dos grandes pontos da virada. Lá tinha um guindaste para a turma saltar de Bungee-Jump, uns aparelhos individuais doidos para o pessoal se exercitar, e uns aparelhos de skywalk, um aparelho que conectado as pernas do acrobata permite saltos e manobras bem doidas.
Enquanto estávamos lá pudemos acompanhar algumas pessoas pulando de Bungee-Jump e como o locutor anunciava, uns quase amarelavam lá em cima e outros pulavam igual frango. Devolta ao pedal, o grupo agora atravessou de volta do Rio Tietê e seguiu em direção em Pacaembú, onde rolou uma pedalada por dentro do estádio, dando a volta pela área interna, passando próximo a piscina e saindo novamente em direção a Barra Funda. Um tempo depois de passar no terminal, senti algo estranho na bike e qual foi minha surpresa ao ver meu pneu dianteiro quase vazio. Pedalei até a Avenida Doutor Arnaldo onde parei para arrumar. Tirei a roda, saquei a nova câmara de ar, meus colegas de pedal paravam e também os monitores de moto, que logo pararam o ônibus de resgate, onde entrei com bike e tudo e em alguns minutos meu pneu estava reparado e isso seguindo o comboio de bike. Com tudo pronto, pararam o ônibus e voltei a pedalar com o pessoal. Fantástico !!! Devia ser sempre assim.
Já por volta das 5:00 horas, seguimos para o Parque do Povo (faltou tinta para acabar de escrever o nome correto, Parque do Povo Endinheirado), onde na entrada do parque cada biker pegou uma maça, uma banana e uma barra de cereal. Lá no parque o secretário de esportes falou para o pessoal e alguns protestavam para pedindo mais ciclovias e melhores condições para pedalar. Logo após um leve cochilo, seguimos para a última perna, que seguia para o Parque das Bicicletas, largava e chegada do pedal. O céu começava a clarear e a sensação de pedalar naquela hora era incrível.

O grupo chegava inteiro ao ponto final por volta de 6:00 horas, depois de mais de 9 horas de pedal, onde se despediram e cada grupo próximo seguiu para casa. A aventura total foi de quase 80 km e rendeu além do prazer de pedalar com mais 650 pessoas, apenas os punhos um pouco doloridos. Valeu a pena !!!

A trilha do GPS e detalhes do pedal podem ser vistos no meu espaço do Garmin Conect, no link: http://connect.garmin.com/activity/1351807

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