sábado, 22 de novembro de 2008

Trilha Paraibuna - Natividade da Serra com os Olavo Bikers

Na sexta à noite eu estava em dúvida se ia fazer esse passeio. Cheguei de viagem pra lá das 22:00 horas da sexta, cansado e ainda teria que acordar bem cedo, pegar estrada, gastar grana, etc, vários motivos para não ir. Entrei na Internet e os dois sites de previsão do tempo que eu acesso confirmaram chuva, um somente à tarde e outro quase o dia todo. Esse era o motivo que faltava, mas como eu sou teimoso, ainda dormir indeciso e acordar bem cedo, indeciso. Aí lembrei de uma frase dita por um conhecido biker depois de um dia sofrido de pedal, daqueles que a gente não repete porque só deu m. "Mais vale um pedal onde tudo dá errado do que um dia sentado no sofá vendo TV".
No horário previsto, 7:30 horas estava na FNAC Pinheiros, tradicional ponto de encontro dos Olavo Bikers, onde saímos para Paraibuna. Pegamos a Airton Sena, Tamoios e entramos à esquerda num trevo que levava a CESP em Paraibuna. Depois de mais de 10 km de estradinha bem ruim, asfalto só de buracos e terra, chegamos na balsa que atravessa a represa. Paramos os carros, equipamos as bikes e pegamos a balsa, com um vento gelado na cara.

Logo no início, me juntei a um pessoal que estava num ritmo mais forte e fomos nos distanciando do restante do grupo. O início foi bem puxado por causa das subidas e meu Edge não parava de apitar (eu estava com mais de 185 bpm). No plano o motor esfriou um pouco e continuamos forçando. Estávamos em quatro bikers e fomos mantendo o ritmo forte. O relevo era misto, de várias subidas médias e de várias descidas médias, onde rolava um downhill bacana. Em nenhuma momento precisei empurrar a bike, porque as subidas não eram muito inclinadas.
Um tempo depois, estourou a corrente da bike do Paulo Fandango e paramos para dar uma força. Nessa hora, juntaram mais 3 bikers com a gente e até o ponto de volta permaneceríamos juntos.
O visual do pedal era espetacular, porque pedalávamos ao lado da represa todo o tempo. Essa represa foi inundada pela CESP, e era uma região montanhosa, que gerou as formas que existem e tornam o visual ainda mais louco.
Logo chegaríamos ao fim da trilha, no ponto para pegar a balsa para Natividade da Serra, que devia distanciar uns 2 a 3 kms da cidade. Não encaramos a balsa porque iria ficar muito tarde, então resolvemos voltar os 30 kms que padalamos até lá. Na volta, fizemos o mesmo percurso e no início mantivemos o mesmo ritmo, o que separou nosso grupo, ficando eu, o Sérgio e o Paulo Fandango na ponta. Logo fomos encontrando o pessoal que não arriscou a ir até o fim e voltou do meio do passeio num ritmo mais tranquilo. Minhas pernas já apresentavam sinal de fadiga e abaixei um pouco o ritmo, junto com o Paulo até completarmos o pedal, no ponto para pegar a balsa de volta.
Após uma espera de mais de meia hora e com vento gelado e sem chuva, chegamos aos carros.
Um almoço nos esperava no pesqueiro que havia lá perto (Portal do Peixe), onde comi um Filhote (peixe encontrado apenas no Pará, que eu e a Jú somos fascinados) e ganhei um monitor cardíaco após um sorteio patrocinado pela CicloVece.
No fim do almoço, São Pedro mandou a chuva, mas aí a missão já estava cumprida. Com isso aprendi que não vale a pena cancelar pedal por previsão do tempo. Mais vale um pedal ruim do que um dia assistindo TV ...
A pedal todo deu 57,64 km (tem que tirar 1,5 km de balsa, que não foi pedalado e nem nadado) e a trilha tem dificuldade mediana. O visual, como relatei antes é bem doido.
A seguir seguem o mapa e a imagem do Google Earth em tilt.


Os gráficos de altimetria, cadência, batimentos cardíacos e mais um monte de coisas estão no meu perfil do Garmin Connect em http://connect.garmin.com/activity/1397839 (se a página não carregar, tenta de novo que vai ...).

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