sexta-feira, 9 de julho de 2010

Meu bike fit

Na quarta-feira fiz meu bike fit. Em foruns e blogs, pesquisei os mais indicados, cotei preços e decidi fazer na Anderson Bicicletas, com o Cléber Anderson. Ele é um profissional bem conceituado, atleta, comentarista esportivo, além de ter formação em Educação Física.
Liguei na loja (www.andersonbicicletas.com.br), agendei e fui lá fazer. Para chegar no horário, decidi ir para o trabalho de bicicleta com a roupa social na mochila. Após chegar no trabalho, fiquei com uma p dor nas costas. No fim da tarde, me troquei e saí do trabalho pedalando para a loja para fazer o bike fit e quando cheguei lá, novamente tive dor nas costas. É bom lembrar que a 4 meses tive uma hérnia de disco na L5-S1 e desde então não pedalo. O relato do meu problema está em Hérnia de disco - Como esse problema pode te deixar de molho .
O bike fit é feito na loja e começou com o Cleber ajustando os taquinhos das sapatilhas. Ele apalpou as laterais dos pés dentro da sapatilha, achou os ossinhos, marcou a lateral da sapatilha e traçou uma linha para alinhar o centro dos taquinhos. Feito esse ajuste nas sapatilhas, chegou a hora de colocar a bike no rolo de treinamento.
Depois ele verificou se o tamanho do selim era compatível com o meu quadril. Para isso sentei em uma pequena "almofadinha" que possui um gabarito e quando me levantei, meu quadril marcou o espaçamento entre os ossos que apoiam a bunda no selim. 
Daí com uma tabela ele verificou se o selim estava no tamanho adequado. Como eu tenho quadril pequeno, meu selim de 135 mm é adequado, senão eu teria que trocar o selim por um maior.
Com a bike nivelada, de cara foi notado que meu selim estava muito inclinado, com a ponta para cima. Ele ajustou a inclinação do selim e eu subi na bike para que fossem tomadas as medidas do cavalo. 
Pedalei um pouquinho com a bike no rolo, acertei a posição do corpo no selim e foram tiradas algumas medidas da perna com o pedal para baixo e com o pedal para frente, com o ângulo corrigido por instrumento. Em seguida foi ajustada a altura do canote do selim, aí eu subia na bike, as medidas eram tiradas novamente, até que o ângulo entre coxa e a perna estivessem corretos. 
Ajustada a altura do selim, subi na bike para ser observada a posição da coluna e o ângulo entre coluna e o braço ao segurar no guidão. Nesse momento foi corrigida a posição do selim, colocando-o para trás, ou seja, afastando-o do guidão da bike. Também foi notado que o guidão estava muito próximo (devido ao tamanho do meu quadro, que era pequeno). Foi retirado o avanço do guidão e colocado um avanço ajustável. 
Com isso, o guidão foi colocado para frente, com 120 mm da caixa de direção (o meu avanço original tem 100 mm) e foram tomadas medidas do corpo como o ângulo da coluna em relação ao chão e em relação aos braços. Ainda não estava legal, então levou-se o guidão mais para a frente, com 130 mm da direção, foram tomadas as medidas novamente e parece que ficou bom. A única troca que tiver que fazer na bike: um avanço de 100 mm por um de 130 mm. Como tinham poucos modelos desse tamanho na loja, escolhi um Trans-z de R$ 65,00, que por incrível que pareça era bem mais leve que o meu antigo Bontrager original da Trek.
Instalado o novo avanço, para garantir, foram tiradas as medidas novamente, foi verificada a posição da coluna, inclusive sua curvatura e foi preenchida uma ficha com as alterações e as dimensões ideais da bike para mim.
Se eu tivesse outra bike de MTB, não precisaria fazer bike fit novamente. Basta essa ficha para que a segunda bike seja ajustada conforme a primeira, com um custo bem menor.
O tempo total para fazer o bike fit foi de mais de 2 horas, mas o Cleber teve que interromper o processo algumas vezes, uma delas para ajustar a sapatilha de outro cliente da loja, mas acho que se fosse direto, daria algo em torno de 1 hora. Ele ainda me indicou um Osteopata para fazer uma consulta sobre o meu problema na coluna. 
Feito o bike fit, fui pedalando até o ponto de encontro da turma com quem pedalo (os VCPs). Claro que não ia pedalar com eles, pois era noite de puxadinho com subidas e ainda não inventaram Finish Line para o ciclista, só para a bike. Depois fui para a casa e chegando lá é que me dei conta de que não estava sentindo dores nas costas.
Ou seja, depois de 4 meses parado por causa da coluna (antes do problema nunca tive dor nas costas por causa da bike), na primeira pedalada tive dores chatas nas costas e após o bike fit, as dores sumiram. Para provar que não é psicológico ou coisa do tipo, vou fazer umas pedaladas leves no próximo fim de semana para ter certeza que a coluna não vai reclamar, pois ainda acho muito cedo para voltar ao pedal.
Como conclusão final, percebi que vale muito a pena fazer um bike fit, para evitar lesões na coluna e nas pernas, para melhorar o conforto e rendimento durante o pedal. Para fazer, procure um profissional especializado que saiba o que está fazendo e boas pedaladas.  

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