domingo, 18 de abril de 2010

GPS na bike

Já escutei muitas pessoas comentando que "GPS na bike é besteira" ou coisas do tipo, mas dependendo do tipo de GPS e da finalidade a que se está usando, o aparelhinho é uma mão na roda.

Existem diversos tipos de GPS, para diversas funções diferentes: GPS para carros, para aviões, para embarcações, para fitness, para bikes, para trilhas e cada um tem funções específicas para a atividade em que ele foi projetado. Por exemplo, a maioria dos GPS de trilhas só iria atrapalhar se utilizado no carro, e vice-versa.

Hoje eu uso um GPS próprio para bike na magrela, mas antes usava um GPS de trilha e ambos permitiam que eu colocasse uma trilha nele para pedalar e também passasse uma trilha que eu havia pedalado para o computador.

Existem os GPS mais simples sem mapas e os com mapas. O primeiro, na minha opinião não vale a pena, afinal nem sempre você tem trilhas para os lugares que deseja ir e em muitas vezes recorre aos mapas (se você não sabe a diferença entre trilha e mapa, no final do post eu explico). Eles podem também ter telas coloridas ou monocromáticas, aceitarem mapas roteáveis ou não. Se ele aceitar um mapa roteável, num trajeto urbano o GPS te mostra as ruas a seguir (tipo, vire a direita a 100 mts, etc). Outra coisa importante é ter interface e cabo para ligar no computador, para carregar mapas e trilhas.

Outro recurso legal é a bússola eletrônica, que te dá a direção com o GPS parado. Em aparelhos sem esse recurso, você tem que se deslocar para ele mostrar a direção. o Altímetro barométrico também dá mais precisão nas medidas de altitudes apresentadas.

O GPS que uso em minha bike é o Garmin Edge 705, que possui mapas, monitor cardíaco, sensor de cadência e outras firulas. Ele permite que eu saia de casa com a trilha definida ou pelo menos que eu coloque um mapa da região e não me perca no caminho. Quando eu chego da trilha, posso puxá-la para meu computador, analisar o percurso, jogar o percurso no Google Earth, etc. A seguir, o Edge 705 montado no avanço da bike:

Esse GPS (Edge 705) já possui suporte próprio para encaixar no guidão ou no avanço, mas a maioria dos GPS de trilha não possuem e nesse caso ainda é necessário comprar um suporte para guidão. Quanto ao suporte para guidão, existem os fabricados pela Garmin (eu acho alguns frágeis) e os RAM-MOUNT (eu já usei um desses em um GPS Garmin Legend), que são resistentes, porém grandalhões e pesados. A seguir um Garmin Legend montado com suporte RAM-MOUNT no guidão:

Para fazer uma trilha para o GPS, pode-se utilizar o Google Earth, olhando a foto do satélite e traçando o mapa, depois utilizando um programa para editar o arquivo e transferir para o GPS, como o Trackmaker (grátis em www.gpstm.com ). Também pode-se copiar trilhas de outros GPS e da internet e colocar no aparelho.

Os melhores GPS para bike são os da série Edge (próprios para bike), da série Oregon, Dakota e Colorado. Também tem muita gente pedalando com Os MAP (o MAp 60CSx é o top). Segue uma breve descrição de alguns GPS:
- Edge 205: não suporta mapas, apenas suporta trilha e tela monocromática;
- Edge 305: equivalente ao Edge 205, altímetro barométrico, com monitor cardíaco e sensor de cadência;
- Edge 605: suporta mapas e trilhas, tela colorida, entrada para cartões de memória, mas não possui monitor cardíaco e sensor de cadência;
- Edge 705: equivalente ao Edge 605, só que possui altímetro barométrico, monitor cardíaco e sensor de cadência. É o modelo mais completo;
- Edge 500: modelo mais novo e mais simples, com apenas suporte a dados (velocidade, tempo, etc) e não possui suporte a mapas nem trilhas.

Todos os Edge possuem baterias recarregáveis internas (autonomia de +- 10 horas) e Virtual Partner (interessante para treinos) e são compatíveis com o portal Garmin Connect.

- Oregon: serie para trilhas que possui suporte a mapas, trilhas, possui entrada para cartões de memória, altímetro barométrico, bússola eletrônica, funciona com pilhas comuns, tela touchscreen;
- Colorado: quase as mesmas características do Oregon, mas não possui tela touchscreen;

Ainda existem a série MAP60, a série Etrex (Euro, Legend, Vista, em ainda algumas diferentes versões), a série Forerunner (GPS de pulso) e outros. No site da Garmin ( www.garmin.com ) tem todos.

A seguir seguem algumas definições utilizadas frequentemente sobre GPS:
- Trilha: caminho gravado pelo GPS referente a um percurso realizado;
- Mapa: imagem ou plano de fundo que apresenta ruas, caminhos, relevo, curvas de nível e demais componentes da região;
- Waypoint: ponto marcado para servir de referência de local;
- Rota: trajeto realizado pelo aparelho através de um mapa roteável para se chegar em um destino (geralmente urbano);
- POI: pontos de interesse, utilizado para marcar locais de comércio, radares e locais úteis em mapas urbanos.

Pelas funções disponíveis, quem gosta de desbravar os caminhos vai se sentir mais seguro com um GPS na bike. Eu mesmo já perdi a conta de quantas vezes avancei no caminho, sem água suficiente, roupas de frio, comida, porque sabia onde estava, com o auxílio do GPS. Senão, teria voltado no meio do caminho e não completado a trilha.

8 comentários:

Luiz disse...

Cara, posso te afirmar que GPS não é besteira pra quem gosta de explorar novos caminhos com mais segurança. Eu também comprei um 705 recentemente e tô contentão!

Abraço

Luiz

Anônimo disse...

cara..
Curti muito as dicas sobre gps.. agora não fico aí boiando sem saber nada sobre o assunto e quando tiver grana já sei por qual procurar...

Parabéns pelo tópico.

tava vendo um trajeto que vc fez até Jambeiro e até as torres de transmissão lá... será que é um pedal que dá pra fazer em um dia?
Abraços

Alex

Romulo Coelho Spiridigliozzi disse...

Alex, dá sim, mas antes de chegar nas torres de transmissão e na volta, próximo a Jambeiro as subidas são bravas. Se tiver preparado vai na boa.

Anônimo disse...

Olá Romulo,

Tenho um Edge 500 e recentemente a Garmin liberou um novo firmware que habilitou o aparelho a seguir trilhas, assim sendo é possível baixar trilhas da net e segui-las pelo aparelho. Também é possível visualizar em forma gráfica os aclives e os declives que estão por vir durante o percurso.

Anyway a Garmin também acabou de lançar no mercado um novo aparelho o Edge® 800 , bem mais compacto que é um mix do 500 com o 705 vale a pena dar uma olhada.

Abs
Tiago

vbossi disse...

blz Romulo, parabens pelo blog.
Tenho um dúvida, para quem se interessa apenas por trilha de bike, nao preciso de cadencia e nem batimento cardiaco. A serie Oregon nao seria mais robusta e interessante? tem o touchscreen e é a pilha com duracao superior, como faço viagens de 3 dias, posso facilmente trocar as pilhas. Concorda comigo?

vbossi disse...

blz Romulo, parabens pelo blog.
Tenho um dúvida, para quem se interessa apenas por trilha de bike, nao preciso de cadencia e nem batimento cardiaco. A serie Oregon nao seria mais robusta e interessante? tem o touchscreen e é a pilha com duracao superior, como faço viagens de 3 dias, posso facilmente trocar as pilhas. Concorda comigo?

vbossi disse...

blz Romulo, parabens pelo blog.
Tenho um dúvida, para quem se interessa apenas por trilha de bike, nao preciso de cadencia e nem batimento cardiaco. A serie Oregon nao seria mais robusta e interessante? tem o touchscreen e é a pilha com duracao superior, como faço viagens de 3 dias, posso facilmente trocar as pilhas. Concorda comigo?

Romulo Coelho Spiridigliozzi disse...

Olá, A série Oregon ou Montana pode ter algumas vantagens para os Edge, como as citadas por você, mas o modo de funcionamento (START/STOP/LAP e o Virtual Partner) dos Edge e principalmente suas dimensões, creio que são os diferenciais para usá-lo na bike.