sábado, 2 de abril de 2011

Travessia de Castelhanos em Ilhabela

Mais uma clássica para o currículum e para os que gostam de amassar um barrinho de vez em quando.
Madruguei no sábadão, 26 de março, e lá pelas 4:00 horas já estava na marginal em direção à São José dos Campos, onde iria encontrar mais uns doidos para descermos para Ilhabela.
Por volta das 6:00 horas já estávamos novamente na estrada indo para o litoral. Eu, Vini, Dani, Ortiz e o Gilson estávamos numa Hilux 4x4 com as bikes atrás e iríamos encontrar ainda o Duzão e o Caio que estavam de férias na ilha. 
Passamos a balsa, entramos em Ilhabela e paramos o carro numa agência para tentar esquematizar um resgate de Castelhanos com Jipe, mas não rolou por causa do preço que estavam pedindo. 
Lá pelas 9:00 horas, devidamente equipados e untados de repelente partimos para Castelhanos de bike. Duzão e o Caio iniciaram o pedal antes de nós.
O trecho urbano é curtinho e uns 2 km depois já inicia a subida contínua que iria acabar só no alto da serra. O sol estava ardendo e o calor começava a pegar, mas socamos o pé porque já sabíamos que a subida iria nos castigar um pouco. 
Logo chegamos na entrada do parque onde paramos para juntar o grupo. 
Uma jornalista ainda nos pediu uma entrevista para uma matéria que estavam fazendo sobre a ilha para a Revista Eco Rodovias São Paulo.
Após a entrevista recomeçamos o pedal. Eu e o Vini estávamos num ritmo mais forte e fomos nos distanciando do Dani e do Ortiz. A estrada até que estava boa, sem barro no trecho de subida e com poucos trechos de pedra. O transito de veículos 4x4 na estrada levando turistas para Castelhanos enche o saco, pois a maioria dos motoristas não respeitam os mountain bikers e simplesmente "metem" os jipes em cima das bikes na estrada apertada.
Num trecho encontramos um grupo de mountain bikers fazendo o mesmo percurso que nós.
Após 1:20 horas de pedal cheguei no alto da serra e parei para esperar o pessoal. Logo chegaram o pessoal do outro grupo e o Vini e ficamos esperando os dois restantes. Havia uma neblina que encobria a vegetação e o clima quente dava lugar ao friozinho, que após 10 minutos começava gelar o corpo.
Após mais de 40 minutos de espera, começamos a ficar preocupados com os dois que não chegavam. Paramos um motoqueiro, que disse ter passado por dois caras de bike voltando !!! Fudeu, pensamos ... Mas vamos nessa completar o trajeto, que vai ver os caras vão pegar a pickup e vão para Castelhanos com ela.
Iniciamos o downhill. No início da descida dava para dar um gás legal, mas lá pela metade do trecho o terreno ficou mais escorregadio e comecei a maneirar um pouco. A descida era interminável ! Logo veio o trecho de barro e mais a frente encontrei um TR4 parada esperando um motoqueiro atolado dar passagem. Haviam dois motoqueiros, um "novinho" totalmente desesperado que mal conseguia fazer a moto pegar e um mais velho, tentando ajudar. 
Eu passei por eles amassando barro, ou mousse de barro, e fui embora. Mais à frente depois de vários quase, tomei um tombinho no barro para acordar ... Logo encontrei o Vini, que desceu na minha frente e após um trecho de empurra chegamos nas poças dágua e no rio.
Aproveitamos para lavar um pouco a bike e a sapatilha e fomos para a praia, onde encontramos o Caio e o Duzão tomando um gelada num quiosque. Eita vidinha mais ou menos. A praia de Castelhanos é bem bacana e só se chega de bike ou de 4x4, mas os borrachudos castigam quem estiver por lá.
Mais ou menos 1 hora depois para nossa surpresa, chegaram o Dani e o Ortiz de pickup, que realmente haviam desistido da subida e pegaram a carro. 
Antes dos dois chegarem havíamos negociado a volta com um jipeiro que estava por lá. Como eles vieram de carro, despachamos as bikes de jipe e subimos de pickup. Alías, essa subida de pickup é que foi um dos atrativos do passeio. Lá embaixo eu já estava um pouco preocupado com a subida, pois o trecho de barro estava muito ruim, a ponto de 4x4 sofrer para passar. E não deu outra.
Chegando no trecho, com 4x4 e reduzida engrenada, a pickup simplesmente não conseguia subir por causa de umas pedras. A valeta bem funda não deixava desviar da pedra e por isso foram mais de 20 minutos de insistência para passar. 
Apenas após um morador local nos dar uma força com a enxada, é que conseguimos passar pelo trecho. O restante do caminho de subida também estava bem ruim, mas a pickup enfrentou numa boa. O bloqueio de diferencial fez falta, mas a Hilux nos surpreendeu com a resistência.
Logo chegamos na entrada do parque onde fomos resgatar nossas bikes. O Caio e o Duzão haviam voltado no jipe com as bikes, e quando chegamos na entrada do parque eles já haviam pego o carro e ido embora, mas os encontramos mais à frente esperando a igreja abrir ...
A passeio já estava no final, restando agora o retorno para São José dos Campos e depois para São Paulo. No geral foi bem legal, mas é um puta trampo para pedalar um trecho até que curto. A ida do centro para Castelhanos tem uns 21 kms e não possui trecho plano, ou seja, metade de subida brava e metade de descida, portanto não aconselhável para novatos ou para quem está com a bike juntando poeira em casa. Mas certamente é um pedal bem massa e a cervejinha com uma porção de camarão no fim do pedal compensam a logística para fazer o pedal.
A seguir a altimetria, a captura do Google Earth e o track do Garmin Connect.




    

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