sábado, 25 de maio de 2013

Pedal no Grand Basin Circuit + Kawarau Bridge Bungy + Coronet Peak, na Nova Zelândia

Dando continuidade às aventuras na Nova Zelândia, segue um pedal que fiz aqui em Queenstown, com bike de speed. Aqui o ideal é Mountain bike, porque tem muita montanha, muita trilha, muito downhill e enquanto no Brasil vemos o pessoal andando de barraforte, aqui vemos a galera pedalando na cidade com umas puta bikes, indo trabalhar, e coisas do tipo. Como a diária duma bike legal aqui custa bem caro (por volta de uns R$ 150,00), peguei minha speed para desbravar uns lugares. Fuçando no google, achei um site citando um circuito chamado Grand Basin, que na realidade é uma volta que sai de Queenstown e vai para Frankton, Arrowtown, Arthurs Point e volta para Queenstown. Como estou morando em Frankton, acrescentei mais dois destinos, o Kawarau Bridge Bungy, que é uma ponte antiga onde existe um Bungy Jump muito doido e o Coronet Peak, que é uma estação de esqui, como uma subida foda de 8km.
Saí de Frankton com 4°C de temperatura, mas o sol estava ajudando um pouco a esquentar. Um pausa no Lago Wakatipu para uma foto. 
Peguei a estrada que vai para Cromwell e passando um pouco a entrada para Arrowtown logo chega o Bungy. Muito doido o lugar. Dava para descer e assistir o pessoal pulando lá de perto, mas não quis deixar a bike sozinha lá em cima.
Voltei a estrada e entrei na bifurcação para Arrowtown, onde acabei fazendo uma pausa para o lanche. Basicamente a cidade é formada por algumas ruazinhas, bem tranquila e o centrinho comercial é apenas uma rua curtinha, com alguns restaurantes, padarias e etc. 
Após a pausa, peguei a estrada para Arthurs Point, onde cruzei com alguns speedeiros pelo caminho. O asfalto era bem grosso e áspero, acho que para melhorar o atrito nos dias de neve. O visual da estrada e das montanhas era doido demais.
Uma coisa que chamou minha atenção aqui é o respeito dos motoristas com os ciclistas. Mesmo não tendo acostamento, os motoristas na maioria das vezes jogavam o carro na contra mão para se distanciar de mim. Quando tinha um carro vindo no sentido oposto, eles reduziam bem a velocidade para passar por mim, mesmo tendo ainda algum bom espaço entre ele e eu. Os motoristas brasileiros tem que aprender muito com o pessoal daqui.
Outra coisa diferente aqui é a mão de direção, que é a mão inglesa. Para nós brasileiros é complicado até de atravessar a rua. Nem preciso dizer que entrei em algumas curvas de bike na contra-mão várias vezes aqui, até me acostumar.
Logo cheguei no acesso ao Coronet Peak e decidi subir. A placa no início não era muito animadora, avisando que tinham 8km até lá. 
Continuei subindo, com algumas paradas, já que era meu primeiro pedal de speed e havia umas 3 semanas que eu estava parado. Na foto abaixo dá pra ver o Coronet Peak no canto direito, com neve.
Para quem não sabe, as bikes de speed tem relação de marcha muito longa, principalmente a minha que era 2x10, ou seja, não tinha a terceira coroinha menor. 
Mais de 1 hora de pedal e cheguei à estação de esqui, que era onde dava para chegar pedalando. 
Acima dali, acho que só a pé, porque os teleféricos estavam desligados, já que a temporada de esqui ainda não havia começado. Mesmo assim estava ventando bem frio e havia neve por lá.
O visual era sensacional. 
E como todo lugar em Queenstown, havia brasileiros por lá (a foto abaixo foi tirada por um). 
Um pouco antes de congelar, resolvi descer, mas infelizmente a bateria da minha GoPro acabou, senão iria filmar a descida. De volta à estrada, mais alguns quilômetros chego à Arthurs Point, de onde rolam os passeios de Jet Boat e outras aventuras. 
O riozinho que corta o lugar é muito louco.
Mais à frente chego em Queenstown e depois em Frankton. Ao todo foram 77 km de pedal,  bom para conhecer a região e queimar umas gordurinhas, já que aqui se come muito bem.
Captura do trajeto no Google Earth:
Altimetria do pedal:
Track no pedal:

Hiking ao Mount Ben Lomond na Nova Zelândia

Já que faz um tempo que não escrevo, afinal escrever sempre sobre os mesmos pedais também enche o saco e não tenho tido muito tempo ultimamente, resolvi postar algumas aventuras na Nova Zelândia.
A que vou descrever neste post é um hiking no Mount Ben Lomond, na cidade de Queenstown, que é considerada a capital mundial dos esportes radicais. Para quem nunca ouviu falar, é mais ou menos uma Campo do Jordão, com umas porrada de coisas malucas para fazer, incluindo diversos Bungy Jumps, passeios doidos numa lanche tirando fina das pedras no rio, parapente, paraquedismo e por aí vai.
Aproveitei um fim de semana de sol e escolhi essa montanha porque a logística é bem fácil. A caminhada praticamente começa no centro da cidade, na base do teleférico Skyline. 
O teleférico economiza uma pequena parte da caminhada, mas eu fiz o percurso todo a pé. A trilha é toda demarcada, subindo todo o tempo. 
No meio do caminho até o topo do teleférico existe um mirante, mas se você souber o que te espera lá em cima, nem vale parar nele. Existe ainda uma pista de mountain bike na subida, bem demarcada também, no estilo All Mountain. 
Uma meia hora depois chegamos no complexo do Skyline, que possui um restaurante panorâmico muito louco, uma pista de Luge, que é uma versão comercial e com freios do carrinho de rolimã brasileiro, uma plataforma de Bungy Jump e uma rampa de voo livre. 
 O lugar é muito bonito e uma subida nele vale muito a pena, tanto para aventureiros quanto para um casal em lua de mel.
Continuando a subida, segui para o Ben Lomond pelas placas indicando o início da trilha. 
Daí o trecho fica mais plano até nos afastarmos do complexo e podermos avistar a montanha. 
Nesse momento, havia muitas nuvens no topo e eu fiquei um pouco preocupado com a possibilidade de ter que abortar a subida. Eu estava levando um corta vento, um casaco waterproof, capa de chuva, o camelback, as super barrinhas de cereal vendidas aqui e chocolate. Quanto mais me aproximava, mais as nuvens do topo do Ben Lomond se dissipavam, mas as da montanha do lado ficavam cada vez mais escuras. Eu não iria desistir sem tentar e desencanei dessas nuvens. 
O frio apertou e coloquei o corta vento por cima do manguito. Foi o suficiente para aguentar o frio e o vento sem passar frio nem calor durante a subida. 
Em um ponto havia até um banco estilo banco de praça para sentar. Primeiro mundo é outra coisa ...
Logo a subida da montanha começou de fato, mas não era complicada como algumas outras montanhas que eu já havia subido no Brasil. Em alguns pontos havia o que sobrou de alguma neve que caiu.
Na realidade, tecnicamente era muito fácil a subida, só era cansativa, porque o desnível era muito alto. Você sai da cidade a pouco mais de 300 metros de altitude e vai a quase 1800 metros, então é muita subida. Se não estiver preparado, arria fácil.
Com umas quase 3 horas de caminhada cheguei ao topo e o lugar é fantástico. 
 Dá pra ver toda a região, já que esse é o ponto mais alto daqui. 
Fiz um videozinho também:
O vento estava gelado e após uma meia hora viajando no visual resolvi descer. A descida foi bem tranquila e rápida, mas como havia tempo, resolvi pegar outro caminho que tinha visto na subida. Esse caminho separava cada vez mais da trilha que vim, mas passava por umas montanhas muito loucas e dava a impressão que o visual iria valer a pena. Havia um trechinho um pouco mais exposto, mas com calma dava para passar de boa. 
Logo cheguei no ponto alto mais próximo da cidade, pouco atrás do complexo do Skyline. 
Eu estava pensando que teria que voltar grande parte da trilha para descer, mas de repente vi um cara subindo por um caminho próximo de onde eu estava, o que foi um alívio, pois eu iria gastar mais 1 hora para voltar tudo.
Logo reiniciei a descida e cheguei na rampa de voo livre. Na foto, aperece o Ben Lomond lá atrás.
Mais um minutos, eu estava no complexo do Skyline e uns 30 minutos depois, na cidade.
A caminhada foi sensacional e um ótimo programa para quem gostar de uma aventura. E o melhor, não gastei um centavo para fazê-la.
Fica a dica para os aventureiros que virem para Queenstown.
Uma captura do Google Earth:

A altimetria:

O track do percurso: